quarta-feira, 13 de novembro de 2013

De um jeito ou de outro

Não há nada demais para ser escrito, todas as boas histórias de amor, todas as aventuras em mundos distantes, todos os personagens com doenças graves já foram inventados por escritores melhores que eu. Penso que até mesmo minha história já está traçada em algum lugar e não há nada que eu possa fazer a respeito.
Queria ter escrito Alice no País das Maravilhas, O retrato de Dorian Gray, a fábula da cigarra e da formiga, qualquer coisa já lida por um círculo maior que os meus 10 amigos. Queria ter escrito histórias paranormais como Stephen King, queria ter feito os romances policiais de Agatha Christie, queria muito ter te dedicado aquele poema de amor que nunca fiz, apenas por não ser capaz de fazê-lo.
Não há nada para ser escrito porque os grandes homens e mulheres da história já tiveram suas biografias escritas, todos os bons livros já foram adaptados para o cinema e meus personagens morrem assim que os declaro vivos.
Eu, mera mortal, com um QI abaixo de zero e um desânimo capaz dar inveja a Florbela Espanca,  não tenho nada para escrever, nada de grandioso para dedicar à humanidade e é por isso que, de um jeito ou de outro, escrevo. 

Um comentário:

  1. Muito legal, penso parecido no que diz respeito a música. Outro dia falei num boteco com um amigo, que não quero que minha banda seja uma empresa, rs, e se faço música...faço por sobrevivência, não saberia viver sem esse trunfo de solfejar as mágoas ou fotografar com harmonias os momentos bons.
    Há braços, Bruna.

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